Início do processo: 9 – 10-1986
Venerável: 27 – 06 – 2011
Laura nasce em Florença (Itália) aos 5 de janeiro de 1874 de Alessandro e Angela Mazzoni, uma família rica e nobre sobretudo pelas virtudes cristãs. Bem cedo a família se transfere para Roma, onde Laura cursa medicina. Em 1898 torna-se religiosa salesiana e trabalha sobretudo na Sicília, até 1921, quando é escolhida para chefiar as primeiras irmãs que vão para a Polônia. Por entre os acontecimentos e misérias da Segunda Guerra Mundial em toda a Europa setentrional, a `pequena madre` viveu toda uma história de coragem e amor.
Laura rezava muito. Quando o diretor espiritual, um salesiano, lhe disse que Deus a chamava para ser religiosa de Dom Bosco, passou noites inteiras em oração. Para obter uma `grande graça` para o seu colégio, ficou na capela durante oito horas seguidas. A sua atividade foi incessante. Embora na maior pobreza, abriu casas para todas as necessidades: começou com asilos para crianças órfãs e abandonadas; depois vieram as meninas, as escolas, as oficinas, as postulantes, as noviças, as irmãs…, os refugiados, os perseguidos, os doentes, os desertores. A Madre Laura conseguia confortar a todos.
Ao mesmo tempo rezava e sofria. Viveu a longa agonia e o martírio da Polônia nos anos de 1938 a 1945. A quem lhe perguntava: `Não sente saudades da Itália?`, respondia: `Tenho duas pátrias: a Itália e a Polônia; e não sei dizer a qual das duas eu queira mais bem`. De Wilmo tiveram de sair as religiosas com os 104 meninos em trem especial. Mas, escondidos, havia muitos mais, não autorizados. A Madre dissera `sim` a todos!
A Inspetora salesiana estava preocupada: poderia ser fuzilada. `Não se preocupe, eu rezarei!`. As orações e a viagem duraram 16 dias! Finda a guerra, foi necessário abandonar os territórios das que se haviam tornado repúblicas soviéticas, e recomeçar tudo novamente: a Madre Laura reiniciou bem doze casas. Em Pogrzebien, num velho castelo que os nazistas utilizavam para exterminar mulheres e crianças… renasceu o noviciado. Em todos os lugares retornou o entusiasmo, a alegria e o sorriso. Só a Madre Laura sentia-se cada vez mais exausta: assistida pelas irmãs e apoiada pelas orações de todos, faleceu no dia 30 de agosto de 1951.
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