O Salesiano Magno Fonzar faz uma reflexão sobre “O que faria Dom Bosco na Pandemia”. Acompanhe:
Têm pessoas que nos são tão próximas, tão amigas ou familiares, que nós até sabemos o seu modo de conduta, as falas que lhe são próprias ou as atitudes que lhe são características. “Ah! Isso é a cara de Fulano”; “Nossa, isso me lembra Beltrano”.
Com isso, pela proximidade e logo pelo carinho que temos por essas pessoas às vezes, em determinadas ocasiões, a gente se pega pensando o que Sicrano faria neste momento, se estivesse ele aqui e agora.
Bem, pela proximidade e carinho que temos pelo padre João Bosco, e sabendo o bom educador que foi e o quanto amou os adolescentes e jovens, é bastante natural nos perguntarmos: o que ele faria se estivesse aqui e agora no meio dessa pandemia?
João Bosco nasceu há mais de 200 anos. Viveu sim em tempos diferentes de nós. Mas, sabemos que ele passou também pelo período de uma epidemia. Durante os anos de 1854-56, diversas regiões da Europa e entre elas, o Reino do Piemonte, norte da atual Itália, onde estava o jovem padre com os meninos do Oratório, sofreram pela cholera asiaticus. A cólera, infecção que ataca o intestino, levou à morte um pouco mais da metade dos contaminados da cidade de Turim.
Temos alguns relatos desse período, e por eles sabemos o que fez Dom Bosco. Primeiro, ele esteve bastante atento as orientações do Governo.
E cuidou para que o Instituto estivesse bem preparado, adaptando os espaços, reforçando a limpeza e favorecendo a higiene. Sabemos que para isso ele até pediu uma ajuda financeira, o que ele chamou de “subsídio extraordinário” e nós hoje chamamos de “auxílio emergencial”. O período da cólera foi também momento de crise financeira.
Segundo, Dom Bosco contou com o apoio do Governo, mas também ofereceu sua ajuda. Ele não ficou de braços cruzados. Antes o contrário, ele e seus jovens estavam com as mãos sempre em movimento: juntas para a oração que foi constante, e abertas para auxiliar os mais precisavam.
Assim, podemos nós, Instituto, ter hoje bastante paz, mesmo diante das incertezas que temos; pois, é claro, não temos a resposta para tudo. Mas, honramos o nome que temos. Do mesmo modo que Dom Bosco, não ficamos de braços cruzados. Sentimos muito por não ter nossas atividades como de costume. É triste ter nossos pátios vazios. Mas, seguimos fazendo o bem e ajudando quem precisa.
Seguimos as orientações do Governo, estamos preparando nossos espaços e refletindo bastante como será a nossa volta às atividades comuns, para acolher todos da melhor forma possível. Ao mesmo tempo, seguimos com a entrega das cestas básicas e outros materiais que possam ajudar, e pensando meios de nos mantermos próximos, Instituto e educandos. Pois, nada pode nos impedir de fazer o bem.
Então, seguimos na oração. Confiando-nos uns aos outros a Deus. Certos que é isso que Dom Bosco faria.
Foto: Colaboradores do IDB com a máscara recebida #JuntosSomosMaisFortes
Com informações de Fabiana Santello – Comunicação Instituto Dom Bosco Bom Retiro