“Vinte discos e uma vitrola” é o título do livro do ex-aluno do Colégio Dom Bosco de Piracicaba (SP), José Machado Neto. Uma verdadeira viagem musical e de resgate de músicas que fizeram a trilha sonora de toda uma vida.
Neto Machado nasceu em 1968 em Piracicaba (SP) e é quinzista roxo. Após concluir o Ensino Médio no Colégio Dom Bosco de Piracicaba (1983-1985) cursou Economia na UNICAMP e logo depois, pós em Marketing na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). Casado, pai de duas jovens, hoje reside em São Paulo, capital.
Neto é colecionador de discos de vinil desde os doze anos de idade. Este hobby já é tradição há, pelo menos, três gerações na sua família: desde que o avô paterno, o “Seu” Machado (Zé Machado), recebia da única loja de discos de Piracicaba dos anos cinquenta todos os lançamentos do mês em sua casa; ouvia um por um e ficava somente com aqueles de que havia gostado (e não eram poucos!), devolvendo os demais. Tradição (e discoteca) que passou do avô para o pai (Zé Maria), e do pai para ele.
A ESC
Durante os estudos no Dom Bosco de Piracicaba, Neto Machado participou ativamente da ESC – Equipe Salesiana de Comunicação, criada pelo também ex-aluno, jornalista Marcos Antonio Vanceto nos anos 80, e que oferecia espaço aos alunos que tinham interesse por Comunicação, como opção prática.
A ESC atuava nos principais eventos do Colégio. A equipe dava suporte aos serviços de comunicação, como entrevistas, filmagens, recursos de informática, discoteca/som ambiente no pátio, fotografia, painéis informativos, entre outros. Neto Machado, por sua paixão pelos discos e pela música, se encaixou justamente na famosa “Sala de Som”, uma espécie de central com ampla discoteca, microfones, toca-discos, toca-fitas, amplificadores (AM/FM), caixas de som, etc. No ambiente, Neto Machado se realizava em meio a tantos recursos e a uma discoteca das melhores com exemplares antigos e da época. A sala ficava anexa à sala do Pe. Diretor com acesso também para o pórtico e pátio. “A paixão pelos discos tornou-se mais aguçada na vitrolinha do Dom Bosco, com a querida ESC”, ressalta Neto Machado.
A obra
A publicação da Companhia ilimitada (São Paulo 2020) possui 100 páginas, com a trilha sonora que representa a vida do autor e ex-aluno salesiano, envolvendo o Prefácio, Orientações pra leitura e audição e principalmente a história dos discos e seus protagonistas: Raul Seixas, Rita Lee (1980), Jorge Benjor, Tim Maia, Banda Black Rio, Titãs, Renato Russo, Ultraje a Rigor, Cássia Eller, Barão Vermelho 2, Rolling Stones, Elis Regina e Tom Jobim, Chico Buarque (1978), Pink Floyd, Beatles, Gilberto Gil e Caetano Veloso, Novos Baianos, Luiz Melodia e Secos e Molhados (1973).
“Estes vinte discos representam a trilha sonora de minha vida. Escutá-los novamente, além de procurar conhecer um pouco mais sobre a história de cada um deles e dos artistas que os produziram, muito mais que revelar fatos que eu não conhecia, me ajudou também a me conhecer um pouco mais. Isto também me transformou, espero que para melhor. Ouvindo com mais calma, com atenção e com coração, as mesmas canções e os mesmos discos que ouço desde criança. Para que isso ocorresse, eu colocava meus headphones tocando os discos enquanto escrevia sobre cada um deles. Isto foi fundamental para que eu pudesse passar ao leitor, além da história por trás deles, a minha história com eles.”, explica o autor.
Neto Machado ainda convida o leitor a fazer o mesmo. “Pesquise, leia as histórias que estão por detrás da elaboração de cada música. Faça a sua trilha sonora. Eu me surpreendi muitas vezes em momentos que, de forma repentina, elas revelaram muita coisa que nem mesmo eu sabia de mim. Estou certo de que, desta forma, você irá se divertir muito mais, talvez tendo o mesmo prazer que eu tive ao escrever sobre elas”. finaliza
Com informações de Marcos Antonio Vanceto, jornalista. Contatos com o autor: [email protected]