(ANS – Roma) – No dia 8 de fevereiro de 2022 completaram-se exatamente 170 anos da assinatura do primeiro contrato de aprendizagem promovido por Dom Bosco. Para celebrar esse aniversário, os Salesianos (SDB) e as Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), com todos os formadores CNOS (Centro Nacional das Obras Salesianas) e CIOFS (Centro Italiano Obras Femininas Salesianas) voltam a sublinhar o valor da aprendizagem, da formação voltada ao trabalho, da formação ‘dual’.
O contrato ideado e firmado por Dom Bosco é considerado por muitos, o primeiro contrato moderno de trabalho. Não só porque muitas das suas cláusulas mais tarde iriam entrar na normal praxe dos relacionamentos trabalhistas mas também, e sobretudo, porque – pela primeira vez, com um documento que traz bem quatro assinaturas – se sanciona uma aliança que é ainda hoje de inspiração para a ação dos formadores: aquela entre o empregador, o trabalhador, a família do aprendiz, o educador.
No debate hodierno se pretende, portanto, sublinhar como a possibilidade de que os jovens possam viver a alternância escola-trabalho – num contexto protegido e em estreita colaboração com os centros de formação – represente uma preciosa oportunidade.
O ensinamento que chega das mais avançadas experiências europeias mostra como o sistema dual – que vê uma estreitíssima colaboração entre entidade formativa e empresa – seja o sistema que melhor ajuda os jovens no próprio percurso de desenvolvimento das habilidades e de inserção no mundo do trabalho. Na Itália há anos que se percorre este caminho com ótimos resultados no âmbito empregatício.
CNOS-FAP e CIOFS FP, na capilaridade da sua presença, trabalham constantemente juntos nas empresas, para tornar estas experiências educativas momentos de crescimento e maturação, capazes de ajudar os jovens a entrar em contato com a realidade sociotrabalhista, desenvolvendo uma intensa sensibilidade acerca dos temas da segurança, graças também à colaboração com os tutores empresariais, que neste percurso desempenham um papel fundamental.
Uma aliança cada vez mais estreita entre instituições, sistema educativo e empresas é, portanto, fundamental para construir estratégias, itinerários, momentos de diálogo, que possam levar, à atenção pública, um tema como o da segurança no trabalho.
O cuidado das horas de segurança no trabalho dentro dos cursos de formação propedêutica no ingresso da empresa, o apelo constante ao respeito pelas normas no contexto laboral, o critério de escolha dos tutores empresariais, a certificação das empresas seguras – são elementos centrais para favorecer a criação de uma autêntica cultura da segurança.
“Antes de chegar a Roma como Diretor Geral do CNOS FAP nacional, tive a ventura de dirigir o CNOS-FAP de Bolonha por nove anos, durante os quais vi passar mais de 1.000 jovens” – declara o P. Fabrizio Bonalume – . Durante o período de estágio empresarial, vi esses jovens reflorirem e reencontrarem a sua autoestima: para eles era fonte de alegria sentir-se apreciados no contexto de adultos. E sabiam reconhecer que nesse percurso a experiência no Centro de formação salesiano os tinha ajudado. Tudo isso se tornava ainda mais intenso e concreto nas tantas vezes em que o estágio se concluía com uma proposta de contrato de aprendizado. Em algumas ocasiões tive a fortuna de estar eu mesmo presente à assinatura de mais um contrato de aprendizado: mas assinado graças a Dom Bosco”
Há 170 anos, Dom Bosco iniciava um novo caminho. Ainda hoje, SDB e FMA se empenham por continuar a mesma caminhada.
Reprodução: Agência Nacional Salesiana