
Festa da Primavera
20/10/2012
Processo Seletivo Unisal e Fatea
29/10/2012JOÃO PAULO II: A VIDA DE UM SANTO
[Best_Wordpress_Gallery id=”68″ gal_title=”JOÃO PAULO II”]
Breve história
João Paulo II foi o primeiro papa eslavo na história da Igreja. Eleito em 16 de outubro de 1978 para suceder a João Paulo I, o cardeal polonês Karol Wojtyla quebrou uma tradição de quase meio milênio: foi o primeiro papa não-italiano desde Adriano VI, este, escolhido 456 anos antes. Na época, a escolha de um cardeal estrangeiro – além disso, oriundo da Europa oriental – foi vista como o início de uma nova era na igreja. Originário de uma família da pequena classe média, Karol Josef Wojtyla nasceu em Wadowice, Polônia, no dia 8 de maio de 1920. Filho de um operário (Karol Wojtyla), que se tornou sub-oficial do Exército, o menino Wojtyla ficou órfão de mãe (Emília Kaczorowska) aos nove anos e teve uma infância difícil. Em Wadowice – sua terra natal – fez seus primeiros estudos e concluiu o curso ginasial. Aluno dedicado, destacou-se nos estudos e nos esportes, merecendo elogios dos colegas e professores.
II – A ESCOLHA PELO SACERDÓCIO
Sua juventude foi marcada por intensos contatos com a comunidade judaica de Cracóvia. Inteligência rara, ainda muito jovem, Karol Wojtyla identificou-se com a literatura: queria ser poeta e dramaturgo. Na Universidade de Cracóvia, iniciou o curso de Língua Polonesa e Literatura, interrompido no primeiro ano, em virtude da II Grande Guerra, quando do fechamento da universidade pela forças alemãs, logo após a ocupação da Polônia. Diante desta situação, juntamente com um grupo de jovens, organizou uma universidade clandestina, onde estudou filosofia, línguas e literatura.
Por esse tempo, passou a trabalhar numa fábrica de produtos químicos. Desse período é de sua autoria uma peça teatral encenada no Vaticano, anos depois. Atleta, ator, tradutor, musico, dramaturgo e filósofo na juventude, Karol Wojtyla ao perder seu pai resolveu ser padre.
Assim, em 1942, aos 22 anos de idade, ingressou no Departamento Teológico da Universidade Jaqielloniana. E, fugindo das perseguições nazistas, até o final da segunda guerra mundial viveu escondido, junto com outros seminaristas, que foram acolhidos pelo Cardeal de Cracóvia. Por fim, concluindo seus estudos eclesiásticos, ordenou-se sacerdote no dia 1º de novembro de 1946, em cerimônia litúrgica realizada na Capela do Seminário Maior de Cracóvia. Dias depois, celebrou sua primeira Missa na Cripta de São Leonardo, na Catedral de Wavel.
III – UMA TRAJETÓRIA ASCENDENTE
Doutor em Teologia pela Universidade Pontifícia de Roma, Karol Wojtyla foi docente de Teologia e Moral na Universidade Jaqielloniana, de Cracóvia, e, subseqüentemente, na Universidade Católica de Lublin, onde interagiu com importantes representantes do pensamento católico polonês, especialmente da vertente conhecida como ‘tomismo lublinense’.
No exercício das referidas funções permaneceu até 23 de Setembro de 1958, quando foi consagrado Bispo Auxiliar do Administrador Apostólico de Cracóvia, convertendo-se no membro mais jovem do Episcopado Polonês. Quatro anos depois, ascendeu à condição de titular daquela diocese.
Sempre atuante, sua carreira eclesiástica teve uma trajetória ascendente. Progressista, seu pensamento “combinava a produção teológica com um intenso trabalho apostólico, especialmente com os jovens, com quem compartilhava tanto momentos de reflexão e oração como espaços de distração e aventura ao ar livre”.
Em 1964, aos 44 anos de idade, tornou-se Arcebispo. Três anos mais tarde, foi designado cardeal pelo papa Paulo VI. Na qualidade de bispo e arcebispo, Wojtyla participou do Concílio Vaticano II, “contribuindo para a redação de documentos que se tornariam no Decreto sobre a Liberdade Religiosa (Dignitatis Humanae) e a Constituição Pastoral da Igreja no Mundo Moderno(Gaudium et Spes), dois dos mais historicamente importantes e influentes resultados do concílio”. Como Arcebispo, o futuro papa“caracterizou-se pela integração dos leigos nas tarefas pastorais, a promoção do apostolado juvenil e vocacional, a construção de templos apesar da forte oposição do regime comunista, a promoção humana e formação religiosa dos operários e o incentivo ao pensamento e às publicações católicas”.
IV – A ELEIÇÃO PARA O TRONO DE PEDRO
Na tarde do dia 16 de outubro de 1978, trinta e três dias após a morte do Papa João Paulo I, o Cardeal Karol Josef Wojtyla, foi eleito líder supremo da Igreja Católica, obtendo 99 dos 108 votos permitidos. Eleito, Wojtyla – que adotou o nome de João Paulo II, em homenagem ao seu antecessor – entrou para a história como o primeiro papa eslavo e, como possuía apenas 58 anos de idade, tornou-se o mais jovem desde Gregório XVI, escolhido em 1846.
Papa João Paulo II durante sua cerimônia de entronização na
Praça de São Pedro. Roma, Itália, 22 de outubro de 1978
Sua entronização solene aconteceu no dia 22 daquele mesmo mês e ano, consagrando-se o 264º sucessor de Pedro – São Pedro na tradição católica -, venerado como o primeiro papa.
V – UM PAPA CONSERVADOR
Liberal em matéria social, mas conservador em relação à doutrina, João Paulo II acentuou o aspecto pastoral da igreja, opondo-se firmemente ao aborto, ao controle da natalidade por meios artificiais e ao divórcio. Durante seu papado, fez ainda restrições à atuação de religiosos na política partidária e à ordenação de mulheres. Em seus discursos, criticava a aproximação da Igreja com o marxismo nos países em desenvolvimento, e, em especial, à Tologia da Libertação.
No dia 13 de maio de 1981, João Paulo II foi vítima de um atentado a bala, em plena Praça de São Pedro. Este episódio, promovido pelo terrorista turco Mohamed Ali Agca, nunca foi devidamente esclarecido no que diz respeito a participação de eventuais organizações. No entanto, trouxe sérias repercussões na saúde de João Paulo II. Anos mais tarde, o Vaticano revelaria ao mundo, que o ‘terceiro segredo de Fátima’, dizia respeito a esse atentado.
VI – O VERBO
Erudito, poliglota e esportista, João Paulo II inaugurou um estilo dinâmico, marcado por viagens freqüentes. Para tanto, desejando alcançar os objetivos traçados para seu pontificado, em abril de 1984 realizou uma reforma administrativa, quando delegou o governo do Vaticano. Com isso esperava poder se dedicar mais à função pastoral. E, ainda por sua iniciativa, em 1983 foi publicado o novo código de direito canônico, cuja revisão fora iniciada depois da conclusão do Concílio Vaticano II.
Durante seu pontificado, João Paulo II divulgou catorze encíclicas. Ei-las: ‘Redemptor Hominis’ (Redentor do Homem), em 4 de Março de 1979; ‘Dives in Misericordia’, aos 30 de Novembro de 1980; ‘Laborem Exercens’ – Sobre o trabalho e na comemoração do 90º aniversário da encíclica ‘Rerum Novarum’do Papa Leão XIII, em 14 de Setembro de 1981; ‘Slavorum Apostoli’ (Apóstolos dos Eslavos) – Comemoração dos Santos Cirilo e Metódio, aos 2 de junho de 1985; ‘Dominum et Vivificantem’ (Senhor e Dador de Vida), em 18 de maio de 1986; ‘Redemptoris Mater’ (Mãe dos Redimidos), aos 25 de março de 1987; ‘Sollicitudo Rei Socialis’ – Sobre assuntos sociais, em 30 de dezembro de 1987; ‘Redemptoris Missio’ – Sobre a validade permanente do mandato missionário, aos 7 de dezembro de 1990; ‘Centesimus Annus’ (Centésimo Ano) – No 100º aniversário da encíclica ‘Rerum Novarum’; sobre o capital e o trabalho, em 1º de maio de 1991; ‘Veritatis Splendor’(Esplendor da Verdade) – sobre questões de moral da Igreja, aos 6 de agosto de 1993; ‘Evangelium Vitae’ (Evangelho da Vida), em 25 de março de 1995; ‘Ut Unum Sint’ (Que Sejam Um) – Empenho no ecumenismo, aos 25 de maio de 1995; ‘Fide et Ratio’ (Fé e Razão), onde condena o ateísmo e a fé sem razão e afirma a posição da filosofia e razão na religião, aos 14 de setembro de 1998 e ‘Ecclesia de Eucharistia’ (Igreja da Eucaristia), em 17 de abril de 2003.
Fonte:
http://www.construindoahistoria.com/2011/05/joao-paulo-ii-o-estadista-da-paz.html#.UIVDO7k6tE4.facebook