Educadores discutem sobre Bullying e seu impacto na saúde mental

25/04/2025
Autor desconhecido
Formação de colaboradores de abril aborda o tema com as equipes e busca refletir sobre a importância de combater o Bullying

Nesta sexta-feira, 25 de abril, os colaboradores da Obra Social São João Bosco se reuniram para a formação mensal.

Um dos temas do mês foi o “Bullying e seu impacto na saúde mental”, assunto abordado pela psicóloga e especialista em terapia cognitivo comportamental, Juliana Queiroz.

A palestrante iniciou sua fala com uma pesquisa entendendo o que os profissionais da obra entendem do assunto e depois explicou, mais didaticamente, o que é o Bullying e o Cyberbullying, além de mitos e verdades sobre a temática.

A psicóloga ainda abordou os aspectos sociais do bullying, que acontece desde a infância e não apenas na adolescência. Características individuais, pressão social para adentrar no grupo normativo e práticas educativas dos pais são alguns dos fatores que colaboram com a existência do bullying e permitem que ele se mantenha nos ambientes em que as crianças e adolescentes convivem.

As violências que envolvem o bullying são de diversas naturezas: verbal, física, psicológica e virtual, como é o caso do Cyberbullying. O alcance da agressão acaba sendo muito maior, porque além das violências sofridas no ambiente real, a revitimização segue acontecendo no ambiente virtual, local em que é possível seguir com o bullying a qualquer hora, em qualquer dia da semana e em qualquer lugar em que se esteja. E hoje em dia, a maior parte dos adolescentes têm acesso fácil ao ambiente virtual, o que permite que as violências sigam sem a observação atenta dos educadores e sem a possibilidade de controle real da agressão.

Juliana ainda mostrou aos educadores presentes as características que geralmente constituem a vítima, o agressor, além de mostrar os transtornos que cada um pode desenvolver durante esse processo da vida.

É muito importante que a família esteja envolvida no crescimento de seus filhos principalmente nessa fase da vida, com diálogo, atenção, ensino de habilidades sociais, saber o que os filhos estão vendo na internet, ensinar os filhos a aderem assertivos, saber o que acontece nos ambientes em que os filhos estão, proporcionar espaços e atividades que nutram a autoestima, entre outras questões significativas que exigem a presença, a preocupação e o cuidado dos familiares na formação da criança e do adolescente.

E dentro dos espaços educativos, que os educadores compreendam que esse é um fenômeno grupal que nasce e se mantém nesse contexto. Em sendo assim, é necessário capacitar a equipe, ofertar espaços de segurança, fazer contato com os pais, abordar a temática com os educandos e familiares, se necessário fazer encaminhamento para atendimento psicológico e investir no desenvolvimento de habilidades sociais, entre outras ações educativas importantes.

Lidar com bullying é parte do trabalho do educador e formar-se para entender esse fenômeno e agir para melhorar a convivência de nossos atendidos e o desenvolvimento integral desses seres humanos é nossa missão enquanto salesianos e promotores de um sistema que busca a prevenção.


Texto e fotos: Mariana Ignacio – jornalista responsável pela comunicação da Obra Social São João Bosco

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