Em uma apuração tensa, seguida das escolas coirmãs “Imperador do Ipiranga” e “Torcida Jovem” – a apenas um décimo de distância -, a Dom Bosco disputava um dos dois primeiros lugares, o que lhe garantiria o direito de subir mais um degrau na folia da “Paulicéia”.
Por ser a última das 12 agremiações do Acesso II a desfilar, a escola viveu o nervosismo até o término da apuração. A “Imperador do Ipiranga”, que ocupava a segunda colocação, perdeu em “Fantasia”, último quesito a ser julgado, os dois décimos necessários para reposicionar a Dom Bosco na classificação, atrás apenas da “Torcida Jovem”, que se consagrou como a grande campeã de 2023.
Com quatro notas 10 no quesito “Fantasia”, a Dom Bosco ratificou a segunda colocação e garantiu o vice-campeonato, com direito – pela primeira vez em sua história -, de desfilar no grupo de Acesso I, caminho final para a série Especial do Carnaval de São Paulo.
Villa-Lobos e uma Sinfonia Brasileira
A ideia inicial era falar da música brasileira, mas os caminhos se cruzaram com a vida e a obra do consagrado maestro Heitor Villa-Lobos, descrito como “a figura criativa mais significativa do século XX na música clássica brasileira” e que se tornou o compositor sul-americano mais conhecido de todos os tempos.
Danilo Dantas, carnavalesco e membro da comissão artística da escola, destacou como foi o processo de construção do enredo.
“A ideia do enredo partiu do Ronny Potolski, um dos nossos diretores de carnaval. Inicialmente ele queria fazer uma viagem sobre a música brasileira, mas ao conhecer a história do maestro Villa Lobos, eu acabei querendo falar mais sobre a vida dele e da sua influência musical para o Brasil. Então, fizemos uma transformação do enredo, levando da ‘música brasileira’ para a história de Villa-Lobos. Deu muito certo e a gente conseguiu o nosso objetivo de apresentar um grande trabalho”, concluiu ele.
Para Rodrigo Dias, também integrante da comissão artística da escola, os pontos altos do desfile foram:
“O desfile da ‘Dom Bosco’ era aguardado pela crítica e pelo público, não só pelo enredo, mas também porque, no ano passado, a gente só não subiu por conta dos pontos perdidos ao ultrapassar dois minutos (no tempo de desfile), mas esse ano a escola planejou muito – cada passo do que iria fazer na avenida. Fizemos três “apagões” (as populares paradinhas). A bateria parou e a escola inteira cantou o refrão. Isso despertou muita gente no Anhembi. A escola veio com uma bela paleta de cores, carros com integrantes coreografados. São pontos altos do desfile da ‘Dom Bosco’. Muita gente cantando. O ‘chão da escola!’. Além de uma plástica e estética bem aceitas pelo público, pela imprensa e pelos jurados.”
História
Nascida do sonho do seu idealizador, o Padre Rosalvino Morán Viñayo, o Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Dom Bosco surgiu no ano 2000 com a intenção de resgatar a juventude de Itaquera e região.
Localizada no bairro de Itaquera, zona leste da cidade de São Paulo, a escola de samba foi fundada a partir da Obra Social Dom Bosco, com 42 anos de serviços prestados à nossa sociedade. Seus componentes são a base de um resultado sólido de uma das maiores obras sociais do país.
Viva Dom Bosco! Subimos!
Confira Imagens do Desfile:
Confira o Desfile da Dom Bosco de Itaquera, na íntegra, Clicando Aqui.
Texto e Imagens: Comunicação/OSDB Itaquera
Imagens: Felipe Araújo/LigaSP e Carnavalesco